terça-feira, 23 de agosto de 2011

Associação Desportiva e Cultural "Os Amigos do Carvalhal"

Por informação do senhor presidente da Assembleia Geral da Associação "Os Amigos do Carvalhal",tive conhecimento que se tinha efectuado uma A.Geral.
Nada seria de estranhar,dado que é uma competência exclusiva deste órgão a marcação das A.Gerais, só que, esta a que me refiro, foi convocada ao arrepio total daquilo que dizem os estatutos, que devem ser observados por todos os associados e dirigentes da associação.
Diz o artigo trigésimo nos pontos um e dois: A convocatória é feita por meio de aviso postal expedido para cada associado ou através de anúncio publicado nos dois jornais de maior circulação da área da sede da associação e deverá ser afixado na sede e noutros locais, pelo menos quinze dias de antecedência.
Assim sendo, e dado que este articulado foi absolutamente desrespeitado, entendemos ser um grave precedente introduzido na gestão da associação, que não só maculou o brilhante desempenho que o senhor presidente da A. Geral vinha desempenhando, e que durante vinte e cinco anos nenhum outro presidente do mesmo órgão desobservou.
Claro que este procedimento, leva a algumas especulações, nomeadamente a contestar o acto, no entanto, e para bem da associação, que todos desejamos, não devemos propalar mais o assunto.
Muitos associados certamente não compreenderão qual o motivo de tal procedimento, por mim, compreendo-o perfeitamente.

domingo, 14 de agosto de 2011

Ecos dum passado já distante



Quando jovem, por vezes acompanhava o meu avô a uma propriedade situada no Vale Morgado, próximo de Sarnadas, a curiosidade levava-me a deslocar ao aqueduto onde José Pina e Maria Bello se suicidaram.


Foi um trágico acontecimento no início do século XX, e que pôs termo a uma intensa paixão entre dois jovens, ela de 21 anos, pobre e orfã de pai, ele de 18 anos, estudante no liceu de Castelo Branco, filho de um abastado proprietário.


Este forte e profundo amor, contrariado pelos pais de José, levou estes dois desditosos namorados a buscar voluntáriamente a morte, já que a vida lhes recusava a felicidade de viver esse amor.


Os dois corpos partilharam o mesmo caixão e sepultura.


Nessa época, várias publicações deram notícias sobre o sucedido, nomeadamente a composição de Dias Loução que foi publicada no jornal A Pátria Nova, e agora reproduzida no livro de Maria Adelaide Neto Salvado que assim termina:


-Deixai cair as longas tranças pretas

Como sinal de luto e d`amargura,

E de pranto orvalhai as violetas

que florescem na sua sepultura