sexta-feira, 29 de abril de 2011

Pia Baptismal


Não obstante já ter sido referido, continua a um canto, no exterior da igreja, sujeita aos diversos factores de degradação ambientais, cheia de terra e ervas, a antiga pia baptismal do Carvalhal, datada de 1773.

Digam o que disserem, considero ser um desrespeito pelos valores ancestrais, que a Comissão Fabriqueira está a demonstrar. Estão a quebrar um traço de união entre o passado e o presente que ela simboliza. Há traços de afectos e emoções sempre que nela poisamos os olhos.

Basta folhear páginas de memórias descritas por gerações do passado recente, que testemunham o respeito que merecem os antepassados da aldeia.

Se considerar-mos que a aldeia tem um lugar onde testemunhos do passado estão a ser preservados e divulgados, pela responsabilidade moral a que estamos vinculados, ou pelo valor sentimental que lhe é atribuído, é dever da Comissão Fabriqueira tomar as medidas adequadas para uma boa preservação.

Assim exigem aqueles que pretendem acautelar valores culturais e transmiti-los às gerações vindouras.

sábado, 16 de abril de 2011

As Maias



Se há época do ano que dá prazer passar a maior parte dos dias no Carvalhal é a que está a decorrer.

Em Abril a aldeia tem mais vida, é o inicio de várias sementeiras e plantações horticolas, as pessoas movimentam-se mais. É nesta época que a Primavera está no máximo esplendor, além de outras plantas, as maias floridas, exalam um intenso perfume. A temperatura amena propicia a caminhadas por trilhos e veredas, proporcionando recolher em locais próprios, as saborosas merujes.



É um prazer agradável adormecer num silêncio absoluto, só quebrado pelo ruído de alguma ave nocturna e acordar com o chilreado das mais madrugadoras nas árvores mais próximas. O mais exaltado parece ser o cuco, talvez por não ter que fazer o ninho e servir-se do ninho dos outros. Afinal há alguma vantagem em viver neste interior profundo.